Milena Fagundes

domingo, 23 de agosto de 2009

Cabocla Amazônica

Na terra molhada, uma casa de palha uma doce cabocla na beira do rio:
Cabocla amazônica, mulher que não verga aos desafios;
Artesã de paneiro, cúias , cestas e tipitís,
Faz vinho de taperebá, bacaba, cupú e açaí;
Na ponte lava a roupa de olho nos curumins;
Paneiro nas costas no rumo da roça, é preciso cultivar a terra molhada;
Pra fazer farinha, caribé, tapioca;
O sol e o vento afagam sua face suada;
Quando estende a malva no varal e cuida do peixe no giral;
Ainda há tempo pra sonhar e ao lado do amado remar, remar, remar;
Vestir a camisa encarnada e brincar de boi bumbá;
Depois louvar a Padroeira e voltar a remar, remar.


A letra da toada retrata a vida de uma cabocla ribeirinha, que vive nas margens dos rios do Amazonas, que tem sua arte, que tira seu sustento da floresta e dos rios, que enfrenta os desafios, trabalha e luta pela sobrevivência, cuida da família, mas que tem tempo para se divertir e nunca deixar de cumprir os ritos de sua fé.

Trazendo essa letra para a cidade grande, podemos dizer que ela retrata a mulher forte, batalhadora, que constrói seu futuro como a cabocla ribeirinha tece uma cesta ou um paneiro, cuidando do futuro da família, sem jamais descuidar da sua aparência, encontrando momentos de lazer e de Fé, que rema ao lado do amado para construir um futuro de conquistas e que jamais verga a qualquer desafio.

Agora vamos identificar nessa definição traços de uma pessoa que aprendemos a admirar, a cabocla Milena.
Uma artesã da própria vida, alguém que foi a luta, conquistou uma profissão, respeito, reconhecimento e admiração, que cultivou seu espaço na sociedade, como se cultiva a terra molhada para extrair o sustento, nunca tirando os olhos dos que ama.
Mas nunca deixou de sonhar, de realizar seus sonhos, de remar e remar para chegar ao objetivo, e foi assim que chegou na casa do BBB, foi assim que todos vocês puderam conhecer essa cabocla amazônica.
E essa mesma mulher não abre mão de se divertir, de viver, de estar com os amigos, sorrir e como diz a toada: “Vestir a camisa encarnada e brincar de boi bumbá”, uma das suas grandes paixões.
Mas em todos esses momentos ela jamais esquece de professar a sua fé, seu amor e respeito, dando testemunho das maravilhas que Deus realiza em sua vida.

E por fim, sabemos que ela é uma cabocla amazônica, porque jamais verga a um desafio, pode sofrer, pode temer, mas enfrenta e vai à luta, e o melhor supera, ultrapassa e vence, porque tem fibra, porque tem a força dos rios e a energia das matas.

E essa cabocla que queremos ver brilhar, ver vencer, ver sorrir e acima de tudo queremos vê-la feliz, sempre Feliz, sempre Milena.
Texto: Ely Rodrigues
By Patty Serudo e Anne Karol

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