Milena Fagundes

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SE NINGUÉM FAZ, FAÇAMOS NÓS

Meus amores!
Em primeiro lugar, saudades de postar aqui. As coisas finalmente estão se ajeitando, consegui organizar algumas coisas que ocupavam muito do meu tempo (venda de carros, do meu apartamento em Manaus, mudança para São Paulo, estruturação da vida na nova cidade, enfim... coisas básicas que eu, como pessoa normal igual a todos vocês, também tenho que encarar!) Agora consegui encontrar um apartamento de que eu gostei, novo, no bairro que eu procurava e já moro (Jardins), com um preço que eu poderei pagar. É do jeitinho que eu sonhei e espero que ele possa ter a minha cara e me trazer momentos felizes.
E se vocês estavam com saudades também, dessa vez vão poder se esbaldar. Senta e se acomoda direitinho porque dessa vez o assunto é longo! kkkkkkkkk Essa semana saiu na imprensa (coluna Júlio Ventilari, Jornal A Crítica, Manaus/AM) que eu estaria pensando em entrar para a política e já estaria, inclusive, filiada ao PP. Por meio do twitter eu esclareci que, por enquanto, não sou candidata a nada, e que avisaria a todos se mudasse de ideia e resolvesse me candidatar a algum cargo eletivo.
Na verdade, a notícia tem, sim, algum fundamento. Realmente estou filiada a um partido, o PTdoB, Partido Trabalhista do Brasil. Me filiei em outubro e não quis divulgar a notícia justamente por saber que o simples fato de estar me filiando geraria especulações em torno de possíveis candidaturas, o que é até compreensível. Porém, não há decisão alguma quanto a isso, e REALMENTE não sou candidata a nada por enquanto.
Vou, a seguir, explicar os motivos da minha filiação.
A vida pós-BBB me proporcionou a oportunidade incrível e impagável de conhecer muito mais de perto o meu Estado, o Amazonas. Tenho viajado pelo interior e já conheci várias cidades. Até mesmo em Manaus eu tive a oportunidade de conhecer novas realidades que, eu confesso, antes ignorava. Conheci pessoas muito humildes e lugares que precisam muito de um olhar mais generoso.
Estar cara a cara com esses lugares e pessoas me levou a sentir, em primeiro lugar, uma grande indignação. Me perguntava: onde estão os políticos que deveriam estar cuidando disso? Será que estão enchendo seus bolsos de dinheiro enquanto esse povo sofre tanto? A raiva e mil xingamentos rapidamente brotam como água da fonte. Em seguida, uma reflexão mais profunda me levou a outro questionamento: o que EU estou fazendo por essas pessoas? Por que estou aqui xingando até a oitava geração de alguns políticos se eu mesma não estou fazendo tudo o que poderia por elas?
Jefferson Péres, por quem eu tenho profunda admiração, dizia: reclamamos que não há gente honesta na política. Por que, então, nós, os honestos, relutamos tanto em entrar nela e mudar esse quadro? Eu até entendo, Jefferson... Entrar na política automaticamente nos nivela por baixo, nos iguala aos “podres”. Pessoas de bem, que tem uma vida estruturada, com boas condições sociais e morais, tem motivos de sobra para evitar isso a qualquer custo. Ou qual pessoa em sua perfeita sanidade mental escolheria, por sua livre vontade, sujeitar-se a ter seu nome e de sua família envolvido nas mais diversas baixarias a que a política às vezes submete? Basta um adversário mal-intencionado e sua reputação terá ido por águas abaixo, sendo você inocente ou não. Provar a inocência até é fácil para quem realmente não está envolvido em nada errado, mas é impossível reparar completamente o estrago já causado.
Hoje sou uma pessoa pública, conhecida nacionalmente, com certa influência não só em minha cidade natal como em outro lugares do país. Tenho o poder de mobilizar a mídia, as pessoas, até com certa facilidade. Em todo o Amazonas, principalmente, famílias inteiras torceram por mim, se mobilizaram, votaram, apoiaram, comprometeram até seus escassos recursos pra tentar me manter no Big Brother Brasil 9, simplesmente porque gostam de mim. Em todos os lugares onde vou, recebo muito carinho dessas mesmas pessoas que precisam tanto de apoio. Quero retribuir. Quero ajudar.
É claro que não é de agora que tenho tentado ajudar a quem precisa. Apóio instituições desde que estava na escola (Colégio Auxiliadora), nas minhas festas de aniversário geralmente eu pedia doações e não presentes e no próprio BBB eu entrei com o propósito de doar 10% do que eu ganhasse a alguma instituição (infelizmente não consegui ganhar o milhão, mas ganhei um carro, computador, som, algum dinheiro. Dá por volta de R$ 70.000,00 somando tudo, ou seja, vou doar R$ 7.000,00). É claro que eu nunca fiz disso um motivo para aparecer, e nem sequer mencionei no programa a minha intenção de doar 10% do que ganhasse, para não soar apelativo. Afinal, ninguém precisava saber, certo?
Como agora questionam minhas atitudes em razão da notícia da minha filiação política e possível candidatura, dizendo que a big campanha beneficente de Natal que estou organizando é na verdade campanha política, resolvi tornar público meu engajamento social que vem de cerca de 20 anos atrás. Minha intenção é AJUDAR, e se cada pessoa que gasta sua energia falando mal e reclamando entrasse nesse mesmo espírito, não haveria miséria no mundo. Vamos nos preocupar mais com AS PESSOAS, e menos com A VIDA DAS PESSOAS, gente!
Sobra maldade, falta humanidade. Enquanto os olhos estão sempre arregalados para cada passo dos outros (principalmente os dados em falso), o coração está sempre fechado para os problemas alheios. Vamos parar de reclamar, de blasfemar, de insultar os maus políticos. Contra esses, temos uma arma mais potente, nosso voto. Vamos, ao invés disso, colocar a mão na massa. Se ninguém faz, façamos nós!
By Milena Fagundes

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